Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 29/09/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, ao se observar a questão dos relacionamentos abusivos, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar os principais fatores motivadores e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é indubitável que a questão constitucional e suas aplicações estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a não efetivação das legislações rompe com essa harmonia, haja vista que muitos vínculos estão se dando de forma repreensível devido ao descumprimento das leis. Nesse âmbito, é válido mencionar o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, que assegura como um dos direitos sociais a segurança. No entanto, essa norma aparenta estar apenas no papel diante das 4.647 mortes, ocasionadas por esse tipo de liame, segundo dados de Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Essa conjuntura mostra que embora a jurisprudência brasileira seja considerada entre as melhores do mundo, ela enfrenta obstáculo na aplicação de muitos de seus dispositivos. Outrossim, destaca-se a falta de humanização nas uniões sociais como outra impulsionadora da problemática. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira de pensar e agir dotada de generalidade, coercibilidade e exterioridade. Contudo, de modo a se estabelecer uma divergência com o pensamento de sociólogo, as interações coletivas estão distantes da proposta dele, uma vez que, devido ao padrão familiar, que vem sofrendo mudanças no decorrer do tempo, aos avanços da tecnologia, entre outras razões, nos convívios contemporâneas, pouco a pouco, está se perdendo a confiança, que deveria existir entre os indivíduos e, consequentemente, a solidez delas tende a ser comprometida. Com isso, as excessividades são inerentes e o olhar humano, frente às familiaridades, está sendo perdido. Desse modo, é notório que as uniões imoderadas necessitam de soluções. Portanto, cabe aos Poderes Legislativo e Executivo, por meio de reuniões com a população civil e os Ministérios que compõem os setores de governabilidade do país, em câmaras municipais e/ou plenários, procurar uma melhor fiscalização das normas que regem o país, para que haja a plena consumação delas e os empecilhos na execução de seus aparatos sejam mitigados. Concerna às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que saibam se relacionar de forma que a compassividade e a confiabilidade sejam restabelecidas nas afinidades, objetivando o fim das excessividades. Assim, será possível a construção de um tecido social no qual as relações excessivas inexistam, de modo que se desenhe um futuro melhor.