Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 26/09/2018

“Somos livres para escolher dentro das condições às quais estamos presos”. Na frase exposta, o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre afirma a condição de liberdade dos indivíduos para com a vida. Todavia, hodiernamente, é notório que, para mulheres que vivem em relacionamentos abusivos no Brasil, essa liberdade é apenas uma utopia. Desse modo, urge a necessidade de análise do papel da sociedade como impulsionadora da violência e o melhor método de resolução dessa problemática vigente no século XXI. É relevante ressaltar, mormente, as atitudes tomadas pelo âmbito social que influenciam na permanência de mulheres em relacionamentos abusivos. Por conseguinte, assim como a teoria de Sartre de que a humanidade falseia sentidos para mudar a realidade, chamada de “Má-fé”, os indivíduos em torno de pessoas evidentemente controladas por seus parceiros, fecham os olhos e se fazem acreditar que abusos desse gênero não existem mais. Não obstante, ao contrário do que se imagina, tais atitudes hipócritas não são tomadas apenas por pessoas leigas, mas também por policiais, juízes, terapeutas, dentre outras autoridades que ao invés de ajudar, minimizam ou ignoram a agressão. Em segunda instância, torna-se necessário evidenciar o pensamento da vítima em torno de si e da pressão social sofrida. Outrossim, segundo o artigo publicado no site The Conversation, o professor e pesquisador Daniel Sounders afirma que o fator mais comum que faz mulheres permanecerem em relações não igualitárias é a falta de recursos financeiros, além disso, quando a relação rende filhos, a atitude do término se torna ainda mais difícil. Ademais, geralmente, esse grupo oprimido cria um pensamento dependente perante o opressor e gera um certo vínculo afetivo doentio difícil de ser quebrado, o que lhe torna susceptível a agressões psíquicas e físicas. Logo, a chamada “Liberdade Situada”, defendida pelo filósofo citado, deve entrar em vigor em prol de relacionamentos saudáveis, como o do próprio Jean-Paul e a socióloga Simone de Beauvour. Portanto, o Ministério da Educação, com auxílio do Governo, deve implantar nas escolas, do ensino fundamental ao médio, aulas de direitos humanos que envolvam meninos e homens no controle da violência doméstica, educando-os sobre o assunto e incentivando um comportamento cuidadoso e respeitoso para com as mulheres. Espera-se, com isso, que a sociedade seja mais igualitária quanto aos gêneros e todos sejam livres para realizar apenas as melhores atitudes para si e para o parceiro.