No Brasil, nos séculos passados encontrava-se uma sociedade patriarcal, herança portuguesa derivada de um passado europeu medieval, em que o respeito e a honra era restrita ao homem, o qual possuía uma figura autoritária. Entretanto, atualmente, ainda existem pessoas que externam situação de posse, por meio de relacionamentos abusivos com agressões e desrespeito, gerando, dessa maneira, profunda preocupação social com os fatores que impulsionam essas relações. Tendo em vista os dados apresentados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de feminicídio é alarmante com 4.657 mortes no país em um ano. Logo, nota-se, forte resquício patriarcal na conduta opressora masculina, uma vez que eles se acham no direito de agredir o cônjuge fisicamente, psicologicamente e moralmente. Ademais, fatores como desigualdade social e educacional contribuem para o aumento dos crimes, pois as políticas de conscientização a respeito da violência conjugal não chegam de forma efetiva nessas regiões. Consequentemente, as famílias sofredoras de agressões acabam sendo oprimidas, refletindo, dessa forma, desajuste na construção moral das crianças e jovens, além de ambientes familiares inteiros desestabilizados e fragilizados psiquicamente. Contudo, apesar de haver medidas protetivas em favor das mulheres, os efeitos não são garantidos, já que essas medidas não asseguram a vida, fazendo, com que muitas pessoas não denunciem seus agressores por medo. Fica clara, portanto, a necessidade de resolução desse impasse. O Governo Federal, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública, deve efetuar campanhas de educação sobre os fatores que configuram os relacionamentos abusivos e a como perceber a violência doméstica, por intermédio das mídias sociais e televisivas, de modo a conscientizar os jovens dos prejuízos familiares causados. E também, efetuar palestras educacionais esclarecendo e incentivando as mulheres sobre as diversas formas de denúncias, como o disk- denúncia 180. Visto que a informação é uma alternativa para uma nova sociedade conscientizada.