Ao analisar o tema os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores, vê-se que a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pelo aprendizado social, seja pela falta de conhecimento sobre o que é um relacionamento abusivo. Nesse sentido, convém analisarmos os aspectos de tal postura para a sociedade. É indubitável que o aprendizado social (em casa vendo o relacionamento dos pais, com amigos ou com a própria cultura machista que objetifica a mulher), é uma das causas do problema. Sendo assim, é possível notar como a problemática está enraizada na realidade do país. Outrossim, destaca-se que nem sempre a pessoa que está em uma relação onde ocorre abuso percebe. Geralmente os relacionamentos abusivos acontecem de forma psicológica e silenciosa; o controle dos lugares que podem ser frequentados, das pessoas com quem se pode andar, das atividades que se pode realizar e do domínio pessoal sob ameaça de término são exemplos do comportamento abusivo. É evidente, no entanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, através da influência das mídias, deve instituir, propagandas voltadas para a ocorrência de um relacionamento abusivo, mostrar o passo a passo da evolução do abuso, já que é um fato nem todos terem ciência e acreditarem que um relacionamento só é abusivo se houver opressão física ou ameaças. Como já dito por Thomas Jefferson: "quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível". Logo, toda a sociedade precisa buscar conhecimento de como a relação abusiva acontece e por meio deste poder passar adiante, evitante que esse problema ocorra. Assim como na alegoria da caverna de Platão, o tecido social deve desprender de certos tabus para que não viva a realidade das sombras.