Aristóteles, filósofo da Grécia antiga, defendia a ideia de um equilíbrio no qual o excesso ou a escassez não são as melhores opções. Diante disso, é notório que os relacionamentos abusivos, comum nos dias atuais, são marcados por excessos de comportamentos invasivos de ciúmes e posse. Nesse sentido, imponderado pelo sentimento de controle, muitas pessoas, cometem violências físicas e verbais, principalmente, contra cônjuges. É importante ressaltar que uma relação na qual não há liberdade, hodiernamente, é caracterizada como abusiva. Nesse cenário, a ditadura militar brasileira ocorrida em 1964 foi um período no qual as pessoas eram oprimidas e não tinham liberdade de expressão. Nesse viés, análogo a tal período, um relacionamento no qual não há limites comportamentais, caracteriza-se como uma ditadura de imposições e invasões de privacidade. Logo, parceiros e parceiras, se tornam controladores, por exemplo, em redes sociais, limitando ações e atitudes que seriam normais, e quando tal imposição é contrariada, resultam-se em consequências como a violência. Dessa forma, não sabendo controlar esse sentimento de posse, muitas pessoas, são agredidas de varias formas. Nessa perspectiva, as relações saem do controle e são cometidas agressões psicológicas por meio de insultos ou físicas. Acerca dessa realidade, a advogada Tatiane, jogada de seu apartamento, foi assassinada, no Paraná, e o acusado do crime é o próprio marido. Desse modo, por meio de conversas da vítima pelo celular, ele já apresentava comportamentos agressivos, e por isso ela já queria romper com o relacionamento. Diante disso, Tatiane não chegou a acionar a Lei Maria da Penha, mas, infelizmente, acionou a Lei do Feminicídio. Fica claro, portanto, que um relacionamento que foge dos padrões normais pode resultar em atos criminosos. Nesse panorama, é importante que a mídia em conjunto com o Estado realizem um projeto, por meio de propagandas em televisões e internet, demostrando vídeos de como é o início do relacionamento abusivo, por conseguinte, incentivando os casos existentes a procurar ajuda psicológica. Outrossim, o Estado entra com o papel de fornecer esse profissionais da psicologia para atender tais casos e orienta-los a seguir um outro comportamento. Assim, com informação e atendimento necessário, histórias como a de Tatiane, possivelmente, serão evitadas.