Platão foi um dos primeiros pensadores a quebrar conceitos nas relações quando disse que o mundo real é uma cópia imperfeita do mundo das ideias, o tal amor platônico. Porém, algumas pessoas ainda não compreendem tal pensamento. Os relacionamentos abusivos no Brasil continuam em evidência. Como causas principais, têm-se os fatores culturais, alimentados pelo caótico sistema judicial nacional. Era de se esperar ao longo do tempo que as relações humanas, com foco nos relacionamentos, teriam alguma evolução no sentido do respeito mutuo. Espantosamente, os pensamentos em que o homem masculino era o centro das relações não são tão incomuns assim. O machismo ainda é fundação de muitas relações no Brasil. Muitas vezes a própria mulher não sabe distinguir uma relação saudável de uma abusiva. Isso por conta de ter crescido sob um teto em que aquilo era normal, e o mesmo vale para os meninos que aprendem a se comportar desta maneira. Esse processo se perpetua nas raízes culturais do país. Por mais que existam lutas para quebrar tal paradigma, um fator fundamental para a perpetuação do problema é a sensação, fato, de insegurança por parte de um possível denunciante. É comum ver quase todos os dias o feminicídio presente nos noticiários brasileiros. O país encabeçou as últimas estatísticas da ONU e da OMS, entre 5º e 7º, entre os mais violentos contra a mulher. Tal fato escancara a falência do judiciário, e colabora com a redução nas denuncias, e por consequência a continuidade das agressões psicológicas e físicas. Sendo assim, para resolver o problema dos relacionamentos abusivos no país fundamentalmente é preciso quebrar a cultura machista, através da aplicação e correção das leis. Cabe ao poder legislativo, através dos deputados, se integrarem a causa, verificando as principais barreiras da lei e adaptando-as, como garantias ao anonimato e à proteção. Ao executivo, cumprir sem negligências os tramites de cada processo. Retirando da sociedade os casos mais graves, será possível atacar os problemas mais escondidos de violência psicológica. Assim, a sociedade poderá conviver cada um com seus interesses, mas, com respeito aos do próximo.