Título da redação:

Posso ou não

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 22/09/2018

Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto, era incompreendido por seu amor aos livros e patriotismo. Certamente, a postura de muitos brasileiros frente aos relacionamentos abusivos é uma característica perversa do país. Destarte, surge a problemática das agressões tanto física quanto psicológica que persiste engendrado na realidade nacional, seja pelo mal estar social, seja pela precariedade da educação. È irrefutável que o bem estar social preconizado pela Magna Carta de 1988 não estar sendo aplicado, tornando-se uma das causas do problema. A desigualdade social, ampliada na “década perdida”, período de redemocratização brasileira, compreendido da crise da Organização de Produtores e Exportadores de petróleo (1973), até os anos 1990, foi marcado por crises econômicas e políticas que ampliaram as ações preconceituosas. No que tange a superioridade do homem enraizada na sociedade desde a antiguidade, acarreta o aumento de feminicídio, hodiernamente, Segundo Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum, o Piauí registrou 58% das mortes de mulheres como feminicídio. Tais ações ofensivas ampliaram o problema do relacionamento abusivo por meio da difusão do ódio e da intolerância. De acordo com Gilberto Freire, na obra “O Manifesto Regionalista”,a convivência censurável amplia as rivalidades regionais, dificultando a educação e a valorização da identidade nacional. Ao seguir essa linha de raciocínio, o programa de televisão “Fantástico” apresentado no dia 10 de outubro de 2016, leva especialista que dar dica de como sair de um trato afrontoso. Isso dialoga com a premissa freiriana de valorização da diferença e do pluralismo com parte integrante da identidade nacional e do fortalecimento da pedagogia do respeito e da alteridade como bases para o desenvolvimento nacional. Nesse sentido, a desmistificação do relacionamento abusivo passa indispensavelmente pelo valorização da educação como um instrumento de defesa da cidadania e do bem-estar social. Portanto, infere-se, que o relacionamento abusivo é um desafio para a sociedade brasileira. Logo, cabe às Organizações não governamentais de defesa da mulher construir plataformas digitais, com o intuito de difundir e combater ações criminosas que desrespeitem o bem- estar da mulher para coibir a maldade e o ódio no ciberespaço. Outrossim, cabe à escola, em parceria com o ministério da educação, criar fóruns de discussão, palestras e ações sociais que visem impedir abusos nas relações , com vistas para garantir uma pedagogia que contribua para a educação, pilar indispensável para o patriotismo e a cidadania, aspectos defendidos por Lima Barreto e pelo personagem Policarpo Quaresma, no início da republica velha(1889-1930).