É indiscutível que, diante das questões que assolam o século XXI, os relacionamentos abusivos no Brasil tornam-se cada vez mais frequentes. Herança de um sistema preconceituoso, machista e com leis falhas que, em conjunto, corroboram para o aumento deste entrave social. Logo, faz-se necessário amplo debate acerca do tema. Em uma análise inicial, cabe analisar os fatores principais que contribuem para o aumento de relacionamentos abusivos no país. Desde os primórdios, a sociedade brasileira sempre fora regada de opressão e machismo, problemas estes, que impulsionam, principalmente, homens adultos a forçarem relações, quer seja como uso da força, quer seja afetando o psicológico das vítimas. De acordo com uma reportagem extraída do site jornaljr.com, os entraves iniciam-se com a violência emocional, com a culpa e, por consequência, agressões físicas. Ou seja, há um longo processo entre o dominante e o dominado que necessita de uma resolução emergencial para evitar que o número de vítimas seja maior e, também, para evitar e diminuir o sistema opressor a qual o Brasil está, infelizmente, inserido. Outro ponto relevante, nesta discussão, enquadra-se em como as leis brasileiras corroboram para que os relacionamentos abusivos não sejam colocados e pauta da maneira que deveria ser. A ineficácia do Estado em proteger vitimas deste entrave social reflete quando percebe-se que, todos os dias, o número de vítimas de feminicidio aumenta gradativamente e, por consequência, os agressores e abusadores sentem-se livres para afetar o psicológico e também para propagar seus ideais retrógrados tão presentes na sociedade contemporânea. Parafraseando o filósofo Jean-paul Sartre, o único resultado possível da violência, seja ela física ou emocional, é a derrota. Ou seja, os únicos resultados plausíveis para quem a pratica são a perda, o dano e uma imagem denegrida -com razão. Percebe-se, portanto, que os casos de relacionamentos abusivos no Brasil precisam de um fim imediado. Para isso, faz-se necessário que o Estado, como mediador de leis e criador das mesmas, faça a punição devida de agressores que comprometam a saúde mental de suas vitimas, sendo ela com prisões, trabalhos comunitários ou deixa-los internados em locais que os façam repensar suas atitudes e seu modo de agir na sociedade. Ademais, a Escola em conjunto com Psicólogos devem, por meio de palestras e ajudas sociais, conversar, dialogar e debeter sobre este assunto tão recorrentes no Brasil, para que, de uma vez por todas, os relacionamentos abusivos e suas consequências não existam mais.