Título da redação:

As consequências da cultura patriarcal.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 24/09/2018

A prática de violência é algo bem frequente nos relacionamentos, principalmente direcionados à mulher. Desde de muito precoce a figura feminina é vista como inferior a do homem. Para o filósofo Aristóteles, " um princípio do bem criou a ordem, a luz e o homem, e um princípio do mal criou o caos, as trevas e a mulher." Em relevância a isso, fenômenos como o preconceito funcionam como ferramenta impulsionadora para a violência no Brasil. Em primeira análise, é crucial refletir sobre os principais motivos que favorecem para o surgimento de relacionamento abusivo. Embora o século XXI seja marcado pela modernidade aliado ao empoderamento feminino, fragmentos de uma mentalidade machista ainda se faz presente nos dias atuais, em circunstância, alguns parceiros para obter controle e posse da parceira impedem que essa adentre ao mercado de trabalho, privando-a de ter autonomia econômica. A consequência que é gerada é o controle sobre a vítima. Desse modo, torna-se mais fácil que o agressor desenvolva violência, já que a mulher não possuirá condições financeiras para deixar o lar, transformando-se como figura de posse do agressor. Por conseguinte, para Simone Beauvoir, filósofa do existencialismo, como também uma das principais mentoras do feminismo, na sua obra O Segundo Sexo, "ninguém nasce mulher, torna-se mulher". O que se entende é que a sociedade impõem valores rígidos de serem moldados, configura a mulher apenas como representação doméstica e de procriação, restringindo seus demais valores perante as camadas globais. Ademais, é sabido ressaltar, que segundo uma pesquisa divulgada pela OMS, em 2017, os danos ocasionados diante de todos esses preceitos, tanto pela sociedade como o do agressor, uma das principais barreiras encontradas pelas vítimas que deixam seus lares por causa da violência é a baixa remuneração salarial, devido salários insuficientes, muitas dessas mulheres acabam retornando para casa, por não conseguirem se custearem sozinhas. Com isso, um ciclo vicioso é imposto, sendo mais vez vítima da violência. Os registram mostraram que 53% dessas mulheres desenvolvem depressão, e o restante tem alguma síndrome que priva de estabelecer laços com a sociedade. Logo, é fácil perceber que a mulher fica às margens da subordinação tanto do agressor quanto da comunidade. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que o preconceito sempre irá funcionar como ferramenta impulsionadora do ódio. Para mais, Simone Beauvoir, estava certa quando disse que "só a educação liberta da subordinação". Com isso, o Ministério da Educação, aliado as escolas privadas e públicas, por meio de reuniões com pais e alunos aos finais de semana, devem debater acerca do seguinte tema: preconceito, uma ferramenta que impulsiona para discórdia e sua consequências perante o meio, com essa atitude além de barrar qualquer pensamento machista, ainda irá proporcionar aos alunos uma melhor qualificação para os relacionamentos perante a sociedade, pois o respeito estará presente. Outra solução, é que o Ministério do Trabalho, frente as pressões populares como passeatas, manifestações e campanha nas redes sociais, possam pressionar o Poder Legislativo para que esse órgão crie leis obrigatórias para salários iguais entre os gêneros, pois essa atitude perpetuará mudanças significativas quanto a autonomia das mulheres que sofrem com a violência doméstica.