Violência doméstica é, infelizmente, um assunto presente na realidade brasileira. Por definição, ocorre quando um parceiro age com agressão física ou emocional ao outro. Majoritariamente, isso ocorre em relacionamentos heterossexuais onde o agressor é o homem, em um ciclo constante de abusos seguidas de um pedido de desculpas, apesar da alta probabilidade de reincidência. Desta forma, podemos perceber que o fator machismo tem bastante influência na existência dos relacionamentos abusivos, conotada nestes fatos ditos anteriormente. Deste modo, podemos perceber que a violência doméstica, na realidade brasileira, surge a partir da base patriarcal presente no país, onde o homem, como “provedor” do lar, exige respeito e obediência de sua parceira, agredindo-a quando se sentir desrespeitado. A mulher, assim, é vista como posse e não como sua companheira, e que as suas vontades devem predominar em seu ambiente familiar. Desta forma, a objetificação da mulher ainda é bastante presente em nossa realidade, mesmo após anos de lutas e de sucessos proporcionadas pelo movimento feminista. A quantidade elevada de ocorrência de agressões contra a mulher e de feminicídios consequentes da violência doméstica no nosso país ainda é alta, evidenciando o machismo ainda presente em nossa sociedade. Com isso a mulher, presa em um relacionamento abusivo, é silenciada por uma sociedade que normatiza esse tipo de comportamento, uma vez que teme o que o seu parceiro possa fazer. Esse tipo de atitude não só é bem aceita entre os machistas, como é estimulada, fato exemplificado em piadas como “bata em sua mulher quando chegar em casa; você pode não saber porque bate, mas ela sabe porque apanha”. Concluindo, a nossa sociedade não só aceita, mas como reforça a violência doméstica contra a mulher, tornando a luta contra o machismo ainda mais difícil e urgente. Porém, para se combater esse tipo de situação, é necessário reforçar as ideias contra esse tipo de atitude, através de campanhas que divulguem as leis que protegem as mulheres, e da importância que a quebra deste silêncio tem. Além disso, reforçar as pautas e o histórico que o movimento feminista apresenta, demonstrando assim que as mulheres têm força para lutar contra uma sociedade que a objetifica, pois a violência contra a mulher só se perfaz com o fim do machismo.