A história do Brasil é marcada por imigrações. Isso se verifica desde o Período Colonial Português, com grande fluxo comercial de escravos africanos no país, às vindas de metecos europeus para trabalhar no campo durante o período cafeeiro no século XIX. Contudo, a crescente taxa imigratória de venezuelanos tem sido alvo de preocupações, uma vez que a má distribuição demográfica dessas pessoas resulta em uma sobrecarga dos serviços públicos, como saúde e educação, na região onde se concentram. Portanto, vê-se necessária a discussão sobre formas de reverter a situação sem deixar de prestar os devidos auxílios aos refugiados. Diante de um conturbado período econômico e político em seu país, os imigrantes buscam fuga em territórios próximos às fronteiras de seu país, como é o caso do Brasil. Apesar disso, os problemas de infraestrutura brasileiro não colaboram para o aumento repentino e exponencial da procura por residência temporária. Isso se deve ao fato de que, segundo a Ciência Econômica, quando a demanda é maior que a oferta, existe escassez. Dessa forma, se agrava não somente a dificuldade estatal de providenciar políticas públicas, mas também a situação dos próprios imigrantes, que fogem da miséria e se deparam com escassez de recursos e fadados a possibilidade de viver em ruas e mendigar. Entretanto, é válido ressaltar que o Brasil possui em seu Ordenamento Jurídico, uma política de concessão de refúgio. Sendo assim, é ilegal a negação de assistência aos venezuelanos. Sendo assim, eles devem ser assistidos pelo Estado. Dessa maneira, assim como a biologia demonstra com Darwin que nem sempre o mais forte sobrevive, mas sim aquele mais apto a evoluir, medidas são imprescindíveis para a inclusão desses estrangeiros à sociedade brasileira. Primeiramente, o Governo Federal, com o Ministério da Defesa em parceria com a Polícia Federal, deverá regularizar a situação legal dos estrangeiros. Posteriormente, por meio do Ministério de Urbanismo e Habitação, criar um plano de redistribuição de locais superlotados com imigrantes, como o estado de Roraima, para outros estados, atendendo as características demográficas, fornecidas pelo IBGE, de cada respectiva região. Assim, poder-se-á conter a falta de prestação de serviços da saúde e educação aos novos residentes e contribuir para que alcancem, em solo brasileiro, um digno recomeço.