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Redação sem título.

Tema de redação: Os refugiados da Venezuela em território brasileiro

Redação enviada em 07/05/2018

Após cinco anos da morte de Hugo Cháves, a Venezuela se encontra em situação caótica. Diante da crise de abastecimento de alimentos, do colapso dos serviços públicos e de uma inflação de 700%, venezuelanos são forçados a cruzar as fronteiras rumo ao Brasil. O número de refugiados aumenta a cada dia. Assim, como resultado da falta de políticas de mobilidade e da má coordenação dos indivíduos no país, o estado de Roraima, principal porta de entrada dos imigrantes, já se encontra em condição de vulnerabilidade. A prefeitura de Boa Vista estima que o número de venezuelanos que estão na cidade representa mais de 10% dos cerca de 330.000 habitantes da capital. De acordo com Camila Asano, coordenadora do programa de Política Externa da Conectas Direitos Humanos, o apoio aos venezuelanos que chegam via Roraima e querem procurar oportunidades em outros locais é fundamental, já que os abrigos estão lotados e milhares de imigrantes vivem em situação de rua. No auge do fluxo migratório dos haitianos, o Governo do Acre chegou a despachar diversos ônibus com refugiados para São Paulo sem a menor coordenação com as autoridades do mesmo. Com o propósito de não repetir o episódio de 2010, no qual as pessoas não tinham sequer um local de abrigo, é necessária a comunicação e organização entre os Estados. “A prática de interiorização necessita, no entanto, condições mínimas. Eles precisam estar documentados. É importante que as cidades que forem receber os venezuelanos estejam articuladas", explica Asano. Dessa maneira, a fim de reduzir os obstáculos encontrados na intercomunicação das cidades acolhedoras, o governo deve desenvolver centros capacitados que disponham de um sistema informatizado com todos os dados dos refugiados, a capacidade disponível de cada localidade e o endereço das ajudas. Da mesma forma, é de extrema importância que a população brasileira apoie e crie novas instituições como o ADUS (Instituto de Reintegração do Refugiado), onde é disponibilizado aulas de português, cursos de qualificação profissional, apoio psicológico, dentre outras atividades.