Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os refugiados da Venezuela em território brasileiro

Redação enviada em 03/05/2018

Em 2017, chegaram no Brasil mais de 60 mil venezuelanos fugindo do regime bolivariano da Venezuela em busca de condições de vida melhores. Entretanto, esses imigrantes encontraram aqui apenas problemas diferentes - dificuldades de instalação e acolhimento e um sistema de serviços públicos insuficiente. É, portanto, preciso dar a eles o acolhimento humanitário adequado, e, para isso, deve-se trabalhar nos problemas infraestruturais existentes. Os venezuelanos estão, desde 2016, envolvidos em um intenso movimento emigratório para os países fronteiriços (Brasil e Colômbia) em busca de uma vida melhor. Contudo, as condições encontradas no Brasil não se mostraram tão boas quanto o esperado. É grande o posicionamento contrário à entrada desses imigrantes e, consequentemente, o preconceito, segundo pesquisas da FGV. Quanto à estadia, a residência temporária, apesar de mais rápida, mostra-se com um custo acima do possível para muitos; já o refúgio demanda de muito tempo para ser concedido, o qual os refugiados não têm. Além disso, os serviços públicos de Roraima, estado brasileiro que recebe os imigrantes da Venezuela, estão sobrecarregados. No entanto, essa sobrecarga não está sendo causada somente pelos imigrantes. Dados da FGV mostram que, em comparação com a população e com o PIB brasileiros, os venezuelanos são extrema minoria (1% apenas), o que não justifica colocar a culpa de todos problemas neles, nem justifica a xenofobia. É fato que os serviços públicos, como saúde e educação de qualidade, ficaram escassos ao terem que atender à demanda de mais pessoas que o esperado, entretanto, já haviam falhas nesses serviços antes dos venezuelanos. A falta de estrutura e a precariedade nos sistemas de educação e saúde preexistem a imigração. Portanto, para que todos imigrantes - não apenas os venezuelanos - tenham um acolhimento mais humanitário é necessário que o poder executivo e federal reforme, urgentemente, a infraestrutura de serviços públicos dos estados fronteiriços, o que pode ser feito a partir de maiores investimentos em saúde e educação nesses estados. Assim, haverá uma melhora na vida, não só de quem vem em busca de melhores condições, como também dos próprios brasileiros da região.