"Mal unidos na guerra, distanciam-se na paz." No verso exposto de Os Sertões, Euclides da Cunha evidencia a enorme incidência de êxodos durante a Guerra de Canudos. Dessa forma, hoje em dia não se vive uma realidade distante da exposta, pois é retratado um grande fluxo de refugiados venezuelanos ao encontro do território brasileiro, que devido às políticas turbulentas de seu país, procuram uma vida digna em locais próximos e acolhedores. É importante salientar, mormente, que a situação de busca por melhores condições é retratada desde a década de XX, quando Cândido Portinari pintou Retirantes, o que marcava as adversidade vividas em um determinado local. Não obstante, a política atual da Venezuela e sua situação conflitante do ponto de vista econômico, fazem com que a grande massa seja obrigada á sair da nação. Concomitante a isso, o Brasil, realizando uma fronteira por Roraima, tem sido um dos principais destinos desses emigrantes. Por outro lado, sob esse viés, essa complexa crise teve seu início há cerca de quatro anos, quando o atual presidente, Nicolas Maduro, tomou o poder após a morte de Hugo Chávez. Todavia, tal problemática instalada pela insatisfação popular, não afeta apenas à própria nação, pois devido a grande demanda migratória incidente na região norte brasileira, resulta em um elevado índice populacional e consequentemente, aumenta a competição no mercado de trabalho, deixando os nativos insatisfeitos perante a execução dos deveres humanitários. Logo, assim como a geração pré-modernista, deve ser lançado um olhar mais crítico em relação aos problemas sociais. Portanto, o Governo Federal brasileiro e a ONU, devem entrar em um consenso com o presidente venezuelano, através de um empréstimo de dinheiro para estabilizar a economia, e dessa forma estabelecer necessidades de mudanças em um curto espaço de tempo. Outrossim, a mídia deve exercer um papel apaziguador, mostrando a cruel realidade para conscientizar á todos, e então espera-se com isso, a paz interior e exterior das nações.