A Venezuela encontra-se mergulhada no caos econômico e social frente à instabilidade política presente no país. Dessa forma, vê-se crescente o número de cidadãos venezuelanos que migram para outros países em busca de melhores condições de vida. Desde então o Brasil tem-se tornado o principal local de destino. Nesse contexto, avalia-se importante a adoção de medidas a fim de garantir o bem-estar de todos aqueles que residem no território brasileiro. Entretanto, tal objetivo nota-se inalcançável perante insuficiências governamentais e prejulgamento dos emigrantes. É importante salientar que os esforços governamentais são insatisfatórios. De acordo com o sociólogo Thomas Marshall, a cidadania é a conquista de direitos. Destarte, constata-se a importância do governo na garantia dos direitos de sua população, como saúde e educação. Todavia, o elevado número de emigrantes no território brasileiro revela a má infraestrutura do país. Resultando na sobrecarga dos serviços de educação e saúde e que pode acabar por elevar o número de cidadãos marginalizados e segregar a população. Dificultando a resolução da problemática. Além disso, a discriminação dos venezuelanos é oriunda de fatores sociais. Com ênfase à segregação populacional, resultado da incapacidade governamental ao tentar dar suporte àqueles que residem em seu território. Essa segregação gera um olhar de superioridade em relação ao emigrado, adotando a ideia de que as deficiências do governo são resultados de sua chegada. Posto isso, se o governo brasileiro continuar por não dar ênfase à esta população emigrante o pensamento preconceituoso acabará por adquirir cada vez mais força e resistência. Infere-se, portanto, que formas de garantir o bem-estar dos cidadãos brasileiros e emigrantes devem ser estudadas e debatidas. Torna-se assim, inquestionável a atuação dos órgãos governamentais. A fim de garantir a qualidade de vida de seus residentes, o Governo Federal e o Ministério da Saúde devem atuar na criação de novos postos de saúde e maternidades. Ademais, cabe ao MEC e o Governo federal, a criação de centros especializados na formação educacional do emigrante, estudados através de consultas públicas realizadas com moradores e profissionais especializados. Isto posto, será alcançada a almejada qualidade de vida sonhada pelos emigrantes venezuelanos e o contentamento dos cidadãos já aqui residentes.