Conforme Aristóteles, a poética deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado pela sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a condição dos refugiados venezuelanos em território brasileiro quebra essa harmonia. Nesse contexto, vale analisar a situação presente na Venezuela, bem como a estrutura do Brasil em atender tal problemática. Cabe pontuar, em primeiro plano, que a migração dos venezuelanos é consequência da prolongada crise econômica Venezuela. Isto posto, nota-se que houve a intensificação dessa crise desde que o preço do petróleo caiu, o qual corresponde a mais de 90% da renda do país. Visto que isso foi um fator importante para a precariedade da população, especialmente em adquirir direitos básicos, como subsistência e moradia. Desse modo, vivendo em sei país de forma precária, os venezuelanos aumentaram o índice de migrações para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Ademais, convém frisar que o Brasil, aís que também vem enfrentando crises, não tem ‘’estrutura social’’ para receber essa grande demanda populacional. Dessa maneira, com a chegada e fixação da maioria dos refugiados na cidade de Roraima, acaba acarretando a explosão demográfica. Devido a isso, tanto a situação de saúde dos venezuelanos que chegam, quanto ao atendimento das suas necessidades básicas são contratempos enfrentados pelo país. Ainda mais, além dos obstáculos enfrentados em sua adaptação, eles são vítimas de xenofobia, que, muitas vezes, é direcionada pela própria mídia. Uma prova disso é a associação do aumento da taxa de crimes a chegada dos venezuelanos, além do preconceito cultural. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas ara atenuar esse cenário. Logo, o Governo brasileiro deve investir na base do problema, por meio de acordos com o governo venezuelano, fornecendo suporte estrutural, com o apoio de outros países, para diminuir o fluxo migratório e balancear o crescimento demográfico. Outrossim, é imprescindível que o Governo Federal disponibilize verbas destinadas aos Ministérios da Saúde e da Educação para que eles articulem a reestruturação das respectivas áreas, solucionando não somente os contratempos migratórios, mas também o sistema brasileiro. Somando a isso, o Governo também deve conceder abrigos e alimentos com o objetivo de acolher os emigrantes. E, além disso, a mídia, por intermédio de campanhas e propagandas, deve defender e promover a aceitação dos refugiados e extinguir o preconceito. Somente assim a sociedade alcançará o equilíbrio proposto por Aristóteles. Envio por imagem