Com a crise econômica e política no país deles, muitos venezuelanos fogem da miséria e da perseguição em direção ao Brasil, que tem o dever humano de acolher esses imigrantes. Contudo, há um limite estrutural na oferta de empregos e no acesso à saúde e moradias que podem entrar em colapso com a chegada rápida e massiva dessas pessoas. Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados em 2017, cerca de 13 mil fugiram da Venezuela para o país Tupiniquim, aproveitando a fronteira com o estado de Roraima na esperança de uma vida melhor. Embora alguns sejam imigrantes e tenham vindo somente por questões de preferência economica ,a realidade é que muitos que se enquadram como refugiados políticos que solicitam refúgio no Brasil. Diante desse quadro, o Brasil vem tentando fazer o papel dele em recebê-los, por isso construiu acampamentos em Roraima pelo qual já passaram mais de 10 mil venezuelanos, com isso foi criado um mecanismo de residência temporária que custa uma taxa de 300 reais por pessoa, que é uma ajuda humanitária, mas ,infelizmente, não satisfaz a solução, visto que a maioria desses migrantes vêm da miséria e não têm essa condição de participar do auxílio. Outrossim, os demais serviços públicos são saturados por essa chegada. Mediante dados da Secretária de Saúde do Estado de Roraima, houve, em 2017, por volta de 19 mil atendimentos aos venezuelanos nas unidades emergenciais roraimenses, comparados com menos de 500 no ano de 2014. Além disso, falta empregos no país canarinho que já tem a própria crise econômica, suas próprias carências sociais e problemas políticos. Por esse motivo, alguns desses imigrantes ,após chegarem a Roraima, viajam para regiões mais desenvolvidas como Manaus e São Paulo visando uma sobrevivência financeira. Entretanto, a maioria fica em Roraima por estarem mais perto da família e por na conseguirem fazer outra viagem, nesse contexto, várias famílias já se encontram mendigando por lá, conforme relata Doriedson Ribeiro, Coordenador da Defesa Civil . Contudo, caminhos precisam ser tomados para a resolução dos problemas. É imperioso que o Governo Federal ampare nesse momento a Unidade Federativa de Roraima, enviando verbas para o governo e criando um plano de assistência com as seguintes diretrizes: encaminhamento do excedente imigrado para outros estados, convocação de mutirões para a regularização da documentação dos necessitados por meio ONGs e órgãos públicos, e reforçando a capacidade dos hospitais e postos de saúde da região com mais profissionais e equipamentos. Para tanto, é útil o apoio logístico e estrutural do exército e