Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os refugiados da Venezuela em território brasileiro

Redação enviada em 24/03/2018

Desde 2011, com o grande fluxo de imigrantes haitianos no Estado do Acre, a região norte brasileira sofre com crises imigratórias decorrentes de instabilidades políticas e até geológicas, ocorridas em países sul-americanos e caribenhos, de onde advém uma extenuada massa populacional. Agora, protagonizada pela Venezuela, milhares de venezuelanos cruzam a fronteira do Brasil, no Estado de Roraima, se deparando com a falta de preparo por parte dos governantes, tendo em vista as estruturas públicas limitadas e as manifestações locais contrárias a estadia venezuelana. Hoje, o Brasil abriga, segundo a Polícia Federal, mais de 70 mil venezuelanos que, devido à crise política vivenciada em seu país de origem e as pressões colombianas em fechar suas fronteiras, veem em Roraima um ponto de recomeço. Entretanto, as condições não só estruturais como também financeiras desse Estado, gerou uma crise humanitária sem precedentes, por conta da falta de abrigos e da assistência tardia do Governo Federal, que é o responsável direto pelas fronteiras brasilienses. Soma-se a isso, casos de xenofobia, como aponta o jornal Carta Capital, onde diversos brasileiros juntaram-se e atearam fogo a um alojamento de estrangeiros, tem se tornado constante, pois a população roraimense atribui aos venezuelanos o aumento dos problemas sociais, como furtos e mendicâncias pela capital de Boa Vista. Além disso, conflitos entre brasileiros e venezuelanos, como também entre eles mesmos, aumentou gradativamente, como denunciou a Folha de Roraima. Percebe-se, portanto, que não é a primeira crise imigratória vivenciada pela região norte do Brasil. Logo, é imprescindível a atuação do Governo Federal comitantemente com a instância Estadual de Roraima e Municipal de Boa vista, onde a crise é acentuada, criando estratégias visando a locação de imigrantes para locais salubres e promova, junto com agentes da Secretária Estadual de Saúde, postos de atendimento provisório para evitar reintrodução de doenças já erradicadas no País, e montar unidades móveis de serviços sociais para atender estas pessoas, buscando a inserção destas ao mercado de trabalho.