A questão dos refugiados, não somente os venezuelanos, mas a referente aqueles que migram no mundo todo, é sobretudo uma questão humanitária. Diante do problema, urge buscar soluções que visem propiciar condições dignas de vida a estes que, antes de serem refugiados, são seres humanos. Infelizmente, a despeito dos avanços tecnológicos, ainda campeiam diversos conflitos pelo mundo. Fome, guerras, a busca por melhores condições de vida... São inúmeros motivos que levam milhões de pessoas, juntamente com suas famílias, a deixar seus países de origem - onde a maioria já lograva certa estabilidade - e partir rumo ao desconhecido. A vida em outro país, a princípio, requer grande capacidade de adaptação. Trata-se de uma nova cultura, onde pode haver certa estranheza em relação aos costumes dos recém-chegados. Por ignorância, os refugiados podem ser vítimas de preconceito. Serem perseguidos pelos naturais da terra que os recebe. Ainda é uma convenção no mundo a separação entre 'nós' e 'eles' ou ainda 'nós, os superiores' e 'eles, os inferiores'. Por isso, é muito importante que as nações se planejem para receber essas pessoas. Recrutar voluntários, promover campanhas de conscientização, prover incentivos entre as famílias e empresas visando, respectivamente, o acolhimento e inserção dos estrangeiros no mercado de trabalho. Essas medidas evitarão a disseminação da violência e propiciarão mais bem-estar social. São medidas necessárias. Afinal, vivemos em um mundo não mais composto de instituições estáveis, mas de cenários onde as mudanças acontecem rápida e diariamente, a todo instante. Sendo assim, por motivos variados, também nós poderemos ser os refugiados de amanhã.