Os venezuelanos emigram da Venezuela por conta do país sofrer com a grande escassez de alimentos, com os precários serviços públicos e com uma inflação igual a 700%. No entanto, ao entrarem no Brasil (principal destino dos venezuelanos), esses imigrantes, de acordo com dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), se deparam com a falta de atendimento médico, com a falta de documentação e enfrentam violência sexual e de gênero. Segundo informações dadas pela Acnur, os venezuelanos, fugindo da crítica situação de miséria e perseguição política em seu país, pedem refúgio ao Brasil e se concentram principalmente no Estado de Roraima, pois esse faz fronteira com a Venezuela, onde estão os familiares desses imigrantes. Em vista disso, os serviços de educação e saúde sofrem pressões por causa do aumento populacional no estado. Por conseguinte, o Brasil não está conseguindo oferecer melhores condições aos refugiados. Ademais, a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima confirmou no começo desse ano, de 2018, o aumento dos casos de sarampo em Roraima. Em decorrência desse fato, o Brasil se coloca como o segundo país da América com o maior número de casos dessa doença, sendo superado apenas pela Venezuela, país onde muitos acreditam que o surto de sarampo pode ter originado. Desse modo, o Brasil se encontra numa situação crítica quando se trata das questões dos refugiados, pois, além do país estar sofrendo sobrecarga populacional em Roraima, o que faz com que a economia se desestabilize, no norte brasileiro está aumentando o número de doenças que podem ser transmitidas ao resto da população. Torna-se evidente, portanto, que são necessárias mudanças tanto no pensamento social quanto nas medidas governamentais para minimizar os problemas enfrentados pelo Brasil e pelos refugiados. Diante disso, o Poder Legislativo deve criar leis concretas, para serem aprovadas no Congresso Nacional, que priorizem, primeiramente, o direito dos brasileiros aos serviços públicos básicos, como a educação e a saúde, para depois disponibilizar esses serviços aos refugiados. Para isso, é necessário que as cidades de Roraima, com o apoio do Estado e da Acnur, ofereçam cursos de capacitação de profissionais para organizarem o grupo de imigrantes em níveis de pobreza e de grau de saúde, para os casos mais sérios serem resolvidos primeiro, com o objetivo de controlar a situação para depois as medidas governamentais serem aplicadas, buscando conceder melhores condições a todos os brasileiros e a todos os refugiados.