Atrelada às constantes guerras mediterrâneas, a crise de refugiados dos países europeus foi considerada, pelas Nações Unidas, a pior crise humanitária já vista na modernidade. Paralelo a esse ponto, do outro lado do Atlântico, venezuelanos trespassam a fronteira tupiniquim, diariamente, a fim de obter melhores condições políticas e financeiras. Entretanto, o Estado brasileiro encontra obstáculos no acolhimento e bem-estar desses indivíduos. O número de refugiados venezuelanos, em território nacional, cresce exponencialmente. O Brasil, todavia, não tem capacidade de atender tantas pessoas em sistemas de serviço público, o que gera na marginalização dessa população. Segundo Aristóteles, a política está estabelecida para garantir a felicidade geral. Nessa ótica, é possível notar que órgãos governamentais não fazem sua parte para certificar tal plenitude. Obstante a esse ponto, é inconformável que nosso povo vizinho não é tratado de forma justa e igualitária. Como já mencionado, a marginalização de refugiados pode criar uma grave situação para o país. Assim como nos Estados Unidos, na metade do século XX, a segregação racial gerou uma cicatriz profunda na sua história e sociedade. Nesse contexto, é inadmissível que o mesmo ocorra em terras brasileiras, mesmo divergindo das circunstâncias atuais. Essa condição pode se concretizar com atos xenófobos por parte da população preconceituosa nativa, o que denigre a imagem desses migrantes. O Brasil, portanto, está desestabilizado com a questão venezuelana. Os problemas criados não só inibem o bem-estar do povo refugiado, como também do povo local. É de urgência necessidade que o governo federal corrobore com autoridades de Boa Vista para conceder recursos financeiros aos serviços públicos e atue em campanhas escolares e sociais contra a xenofobia e a inclusão. Dessa forma, essa crise não chegará na magnitude da vista na Europa e poder-se-á viver em uma sociedade justa com essa população.