Saúde e educação no Brasil são temas complicados para a população geral, que necessita dos serviços públicos. Impossibilitados, muitas vezes, agora também precisam abranger a demanda venezuelana, de grave situação, provinda de um sistema de saúde calamitoso. O Brasil é conhecido por sua recepção calorosa a todos os estrangeiros que adentram o país. Elogiado em discursos anti-xenofóbicos, mostra-se aberto aos migrantes, necessitados seja de refúgio ou de auxílio. Entretanto, com a crise presente na Venezuela e a consequente vinda de refugiados, evidencia-se a frágil infraestrutura brasileira. Indubitavelmente, bloquear as fronteiras, impedir o acesso e recusar amparo não são opções que respeitem os direitos humanos: negar-lhes apoio, em tamanha crise, é como negar-lhes a vida. Logo, faz-se necessário alterar o cenário, tanto de acolho aos migrantes como do Brasil, em larga escala. Em primeiro lugar, uma vez que o governo roraimense pode não ser o suficiente para a grande quantidade de pacientes – cerca de 18885 atendimentos aos venezuelanos em situação de emergência, de acordo com o secretariado da saúde, é preciso a mobilização do povo. Assim sendo, a população informada a respeito da situação deve manifestar-se nas redes sociais solicitando a atenção de militâncias humanitárias e de órgãos governamentais dos demais estados brasileiros, para enviar auxílio médico e demais profissionais, a fim de agilizar os pormenores de regularização e estadia dos migrantes. Contudo, os compartilhamentos resolveriam provisoriamente, afinal, as falhas dos serviços públicos só serão corrigidas com contínua participação popular, através de eleições conscientes. Haja vista que, enquanto os países xenofóbicos não aceitam migrantes, ainda que detenham de altas condições, o Brasil o faz sem antes reformular seu sistema arcaísta.