Diante da crise humanitária que se instalou na Venezuela, os refugiados em situação de desespero não veem outra alternativa, se não fugir em busca de condições dignas de sobrevivência. Porém, com uma demanda acima da média, o número de venezuelanos tem ultrapassado os limites previstos pelo governo de Roraima, causando crise na saúde, educação e em atendimentos básicos a população, agravando ainda mais a crise em que o Brasil encontra-se imerso. Além de congestionamento no sistema de saúde do Estado, devido à demanda de procedimentos de rotina como consultas, medicações e exames, existe o colapso de surtos de doenças que estavam erradicadas em território brasileiro, a exemplo: malária. No entanto, os migrantes não se limitam a ficar em Roraima, por vezes indo a outros Estados em busca de trabalho, o que possibilita a propagação de doenças. O Brasil encontra-se em crise econômica e política, não sendo uma fase receptiva a novos refugiados. Já existia uma crise enorme na educação, na saúde e nas políticas públicas, o que se agrava ainda mais, impossibilitando o governo de proporcionar melhores atendimentos aos necessitados, que ficam vulneráveis, assim como milhares de brasileiros. Faz-se necessário um olhar mais cauteloso por parte do Poder Público para essa população, devendo programar políticas públicas que auxiliem os Estados a promoverem campanhas de acolhimento, diminuindo a carga depositada no Estado fronteiriço a Venezuela. Bem como, participação do Ministério da Saúde criando campanhas de vacinação contra doenças epidêmicas, exclusivas aos que cruzarem á fronteira.