No Brasil tem aumentado a cada dia o número de venezuelanos em busca de melhores condições de vida. A Venezuela enfrenta a maior crise política e econômica da história, apenas em 2017, 52 mil habitantes pediram refúgio em outros países. Atualmente, Roraima é a porta de entrada dos imigrantes e refugiados,a principal dinâmica de ficarem nesse estado é para não se afastarem dos seus familiares da Venezuela, onde é o estado mais próximo da fronteira. Somente em Boa Vista, estima que cerca de 40.000 venezuelanos já tenham entrado na cidade, o que representa mais de 10% dos cerca de 330.000 habitantes da capital. Esse refúgio em massa traz consigo consequências ao país, é notório aumento de furtos, escassez de alimentos, muitos postos de saúde estão lotados, e a maioria desses doentes são venezuelanos e exemplo disso é Paracaima, onde os imigrantes representam hoje entre 60% e 70% dos atendimentos feitos na unidade de saúde. Por conta disso, o hospital sofre com falta de medicamentos. Contudo, o Brasil precisa se posicionar com mais clareza a respeito da concessão de refúgio. O presidente fala da dimensão humanitária da resposta brasileira à imigração venezuelana, mas levou para reunião em Boa Vista apenas ministros das áreas militar e de segurança pública, o que mostra que o governo está mais no âmbito da segurança, e não dos direitos humanos. Portanto, o governo Michel Temer precisa converter em ações concretas aos projetos que propõe, dando ações jurídicas a essa população. Fala-se muito em questão humanitária, mas as ações são muito engessadas ainda, precisa sair do discurso e colocar em prática.