Segundo o artigo XIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “toda pessoa tem direito a liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. Nesse sentido, torna-se obrigatório os países receberem imigrantes, principalmente, quando o motivo for guerras, fomes e perseguições. Dessa forma, pelas crises vivenciadas na Venezuela, uma parte dos venezuelanos imigra para o Brasil. Porém, a recepção no território brasileiro culmina uma desorganização, visto que, há uma concentração maior desses imigrantes em apenas um estado. Além disso, eles têm dificuldades para ter os direitos básicos à vida e a população se manifesta pela ocupação desses indivíduos em diversas áreas, tornando-se necessário a mudança desse cenário. Primeiramente, a Venezuela vive uma crise política, social e econômica com a crise do petróleo em 2015. Nesse contexto, uma parcela da população foge para os países vizinhos, em detrimento das perseguições do atual Governo de Nicoláu Maduro, das misérias, falta de emprego, entre outros. Nessa busca por uma vida melhor, alguns venezuelanos vão para o Brasil, adentrando, principalmente, pela fronteira do estado de Roraima. Esse estado situado no norte do país tem uma população equivalente a 496.936 habitantes que ao receber imigrantes torna-se preocupante com o tamanho da área. Nessa realidade, muitos refugiados estabilizam somente nesse estado, não procurando outros, seja pela proximidade com Venezuela, esperança de voltar para casa, ou mesmo, pela falta de dinheiro e transporte. Com isso, aumenta-se a concentração dessa população apenas em Roraima, causando a falta dos direitos, como educação, saúde e segurança, tanto para a população de origem como para os imigrantes. Esse problema, faz com que a crise para os venezuelanos continue mas em outro país. Somado a isso, o povo brasileiro, principalmente, dessa região forma um preconceito contra esses refugiados e dificuldades de interação. Isso ocorre, devido a ocupação desses imigrantes nas vagas de empregos, nas consultas e nas matrículas escolares, além do Governo Federal não os amparar com moradias e segurança. Vale salientar, que o número de refugiados no Brasil considerável irregular é ainda grande, já que, para adquirir a regularidade devem pagar uma taxa maior que 300 reais. Com todas os problemas, dificuldades e preconceitos dessa imigração, como outras já existentes em outros países e no próprio Brasil, como a do Haiti, o filme “Entre os Muros da Escola, de Laurent Contet, aborda essas dificuldades de relacionar e conviver, entre jovens franceses e imigrantes. Dessa forma, torna-se evidente, que o Brasil recebe refugiados venezuelanos, mas não tem organização na recepção e na divisão desses indivíduos entre os estados. Com isso, o Governo Federal deve criar um órgão para atender e direcionar esses imigrantes, criando-se moradias em vários estados para que a concentração de um apenas seja escasso, além de disponibilizar atendimentos próprios. Ademais, a mídia deve promover, através de programas, grupos na internet, a interação desses indivíduos com a população, expondo a importância de os receber e a realidade da Venezuela. Só assim, esse cenário mudará, fazendo o artigo XII valer com dignidade e direitos para esses refugiados.