É notório que a quantidade de refugiados venezuelanos tem aumentado significativamente no território brasileiro. Dentre as diversas consequências, temos: a sobrecarga nos serviços de assistência social, de educação e saúde, principalmente nas cidades de Boa Vista e Pacaraima que somado ao aumento de mendicância e violência demonstram que o Brasil não está suportando esta migração. Tendo as cidades de Pacaraima e Boa Vista, no estado de Roraima, como principal porta de entrada do Brasil, alguns venezuelanos preferem se manter nelas para não se afastarem de seus familiares na Venezuela. De acordo com dados colhidos pela prefeitura de Pacaraima, o pequeno município de aproximadamente 12 mil habitantes, os serviços públicos de saúde e ensino estão atendendo uma demanda cinco vezes maior que a normal. Enquanto em Boa Vista, a prefeitura tem contratado professores de espanhol para atender aos quase mil novos alunos venezuelanos que estão utilizando as escolas públicas da região. Apesar desses esforços, a política de acolhimento não tem sido eficiente diante do número alto de imigrantes caribenhos. Os três abrigos existentes criados para estes refugiados estão superlotados, conforme levantamentos diários realizados pela Defesa Civil de Roraima. Por esta razão, muitos venezuelanos preferem dormir ao relento das praças públicas de Boa Vista, afirmando a insegurança existente nos abrigos públicos. Ações da Polícia Militar tem encontrado entorpecentes e armas brancas (facões) dentro dos abrigos. Diante disso, é imperiosa a ação dos governantes brasileiros para prover qualidade de subsistência para esses povos que fogem da Venezuela e buscam no Brasil uma sobrevida. Com o intuito de diminuir o excedente populacional, o governo federal precisa distribuir os imigrantes pelos municípios vizinhos, dividindo, dessa forma, a carga sobre os serviços públicos e abrigos, levando-os em transportes públicos e alugando residências, além de proporcionar a documentação necessária para estadia formal no país, podendo cumprir deveres e obter direitos como qualquer cidadão.