O descontrole econômico e a radicalização política levaram a Venezuela a enfrentar uma grave crise. Por um lado, o país teve importantes avanços sociais. Por outro, a concentração de poder governamental distanciou a plena democracia. A Era Chávez distribuiu renda e ampliou o acesso à educação, à cultura e ao trabalho. Graças a essas ações, a Venezuela transformou-se no país menos desigual da América Latina. Nesse sentido, a economia estável tornou-se necessária à manutenção e garantia dessa ascensão. Em contraponto ao crescimento do país, medidas características do governo esquerdista do ex- presidente Chávez prejudicou a estabilidade local. As ações de controle de câmbio e a estatização de grandes setores econômicos aliados à queda do preço do Petróleo - do qual há extrema dependência - provocaram o declínio financeiro do país. A hiperinflação e o desabastecimento de itens básicos, como alimentos e medicamentos, passaram a ser frequentes à população. Cabe mencionar que a priorização das necessidades do país em detrimento dos impasses políticos se faz necessária. É preciso que políticas públicas emergenciais sejam utilizadas a favor da população e que os países vizinhos se solidarizem com a fragilizada situação da Venezuela. Ações humanitárias podem garantir um mínimo de condições para o enfrentamento da crise. Desse modo, não há sinais de que a crise possa ser revertida em curto prazo. O sofrimento da população venezuelana sugere brevidade de soluções. Embora a pobreza tenha sido reduzida, os conflitos políticos e a instabilidade financeira podem provocar o retrocesso.