Os limites entre o humor e a ofensa; Uma tragédia grega atual Thomas Hobbes, ficou eternizado em nossa sociedade contemporânea com uma famosa frase, o homem é o lobo do próprio homem. Somos seres ferozes por natureza, e por isso moldados para participara sociedade vigente. O que parece ter fugido da cognição das pessoas atualmente, é a diferença da liberdade de expressão discurso de ódio. Quando nossas crenças, nossas supostas opiniões são expressas, e começa a ferir um outro, elas precisam ser avaliadas. Em uma roda de amigos pode parecer normal (sic) fazer uma piada sobre a travesti que passou ao lado, mas qual será o peso dessa piada para a pessoa direcionada? Como ela vai interpreta isso? Partindo do conhecimento de que nossa percepção sobre as coisas sobre uma influência do nosso contexto, e o contexto de uma travesti no Brasil é uma expectativa de vida de mais ou menos 30 anos, desemprego devido ao alto índice de abandono das escolas, linchamentos, entre outras situações parecidas. Sua interpretação dessa suposta piada, não vai ser de humor, mas sim de dor. Dor por outras pessoas acharem que o sofrimento dela não é digno, mas sim, motivo de chacota. É muito fácil fazer piada sobre a fé de um outro povo, como aconteceu com o jornal francês Charlie, que há um tempo atrás fez uma caricatura ofendendo o povo da religião mulçumana. Difícil para eles (o jornal), foi depois dos atentados terroristas provocados pela publicação. Fazer humo, piada, acompanha a espécie humana há muitas dezenas de gerações, mas algo que vai ser sempre novo, é como o outro vai reagir aquilo, como aquilo vai ser interpretado pelo outro, como uma grande ofensa, por exemplo. Não justificando os atentados, mas as respostas humanas são e sua maioria imprevisíveis, por isso é sempre bom pesar sobre as nossas ações e utilizar o critério de empatia. Uma solução óbvia seria o uso de punição para tais atitudes. Mas se basearmos nos resultados comprovados pela psicologia behaviorista, o uso de punição não acaba com o comportamento, apenas diminui sua frequência. Para extinguir esse comportamento, podemos partir de uma perspectiva que, se o outro se incomodar como o humor, mesmo nós achando que a piada não tem nada demais, devemos refletir sobre ela, nos colocar no lugar da pessoa que se sente incomodada, perceber porque ela se sente incomodada, e não repetir mais esse comportamento, piada.