“Perco o amigo, mas não perco a piada”. O famoso ditado popular é um exemplo claro do que frequentemente ocorre no mundo da comédia. Os humoristas, que deveriam provocar risos de suas plateias, muitas vezes optam pelo humor negro, com piadas preconceituosas contra as “minorias”. Dessa forma, o desrespeito é banalizado, contribuindo para o aumento de problemas como: o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa. A comédia faz parte da cultura humana, porém é possível observar que ela é usada de forma errônea devido a amostras do humor ofensivo serem tão facilmente encontradas. Nesse sentido, destaca-se o caso do famoso comediante Rafinha Bastos, que foi processado por danos morais após ter feito um comentário maldoso sobre Wanessa Camargo e seu bebê. Além dele, humoristas como Danilo Gentili também já tiveram de enfrentar as consequências de suas “piadas”. Outro exemplo é o jogo chamado “Cartas Contra a Humanidade”, no qual os jogadores completam frases extremamente agressivas, que atacam grupos étnicos e possuem conteúdo sexual. Mesmo assim, essa “brincadeira” foi bastante divulgada na internet, como se não houvesse uma complicação nisso. Dessa maneira, o humor acaba servindo como uma forma de “maquiar” os preconceitos e contribuir para uma sociedade intolerante. É preciso, portanto, que o governo federal realize campanhas que possam explicar à população o limite das piadas, de forma que os indivíduos tenham como compreender e denunciar essas situações, e assim fazerem com que as leis (já existentes) sejam cumpridas. Com isso, será possível viver em um mundo justo, onde o respeito ao próximo prevaleça.