Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 16/08/2018

A constituição de 1988, norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro, assegura a todos o direito a liberdade de expressão, desde que tal discurso não aflija o direito do outro. Entretanto, a discussão entre os limites de humor e a ofensa, no Brasil, tem ganhado destaque para as piadas que envolvem e ofendem as minorias. Nesse contexto, convém analisar a postura negligente de humoristas que estão indo contra a Constituição cidadã. Primeiramente, sabe-se que a expressão não inclui a liberdade de ofender. Entretanto, fazer piadas sobre temas ou grupos minoritários trás maior repercussão, isto é, a comédia é um produto que é consumido por uma massa que busca o riso como forma de entretenimento, embora algumas piadas sejam preconceituosas. Na copa do mundo de 2018, o humorista Cocielo fez uma anedota sobre a forma com que o jogador francês atuou em campo, tal discurso foi recebido pelas pessoas de forma pejorativa, pois o autor da piada fazia apologia ao racismo. Logo, nota-se que o humor não respeita limites. Não obstante, cada receptor tem uma reação de forma subjetiva com o que ouve ou lê, isto é, a ofensa não se encontra somente no conteúdo do que é apresentado, mas também está relacionada com a história de vida do indivíduo, existem mulheres que sofrem com o feminicídio e outras que não passam por isso, porém, quando o comediante Léo Lins fez humor com o tema, a persistência da violência contra mulher, do ENEM de 2015, isso afetou emocionalmente as mulheres que são vítimas de tal violência e, além disso, o autor não se arrependeu, segundo informações da Jovem Pan . Desse modo, nota-se que os direitos da Constituição não estão sendo garantidos, pois há um desrespeito com os direitos humanos quando a ofensa é prevalecida. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visam à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal, em concomitância com o Ministério da Justiça deve priorizar a fiscalização de shows humorísticos com o intuito de coibir as ofensas e piadas de cunho preconceituosos e, podendo também punir com multas ou prisão aqueles que não respeitarem. Ademais, o MEC pode implantar na grade escolar uma matéria sobre psicologia que estude a forma de subjetividade dos alunos, para que com isso o cidadão possa lidar melhor com os traumas pessoais que são feridos por discursos humorísticos. Sendo assim, os direitos da Constituição de 1988 serão prevalecidos.