Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 30/04/2018

Na literatura humanista o teatro vicentino, produzido por Gil Vicente, em meados do século XVI, era marcado pela sátira. Sendo possível observar o cunho moralizante através dos autos, os quais davam um senso crítico ao público, que era o principal alvo. No contexto atual brasileiro, quando se trata de humor surge o questionamento sobre os seus limites e ofensa, gerando grande repercussão. Com isso, os humoristas que buscam provocar risos a qualquer custo, e uma sociedade marcada pelo sofrimento das minorias ficam de lados. É primordial ressaltar que a nação brasileira tem a diversidade étnica e cultural como um de seus principais traços, e isso determinou uma sociedade marcada por preconceitos sociais. Dessa forma, quando se trata de humor politicamente incorreto é possível associar ao uso de minorias para causar risos. E mesmo num período de globalização intensa, a sociedade continua agindo como há séculos atrás, rindo da realidade. No entanto, atualmente os limites do humor são extrapolados por intensificar desafios dos menos favorecidos. Com isso, é possível perceber que a falta de limites está levando a ofensas. Visto que a liberdade de expressão é um direito assegurado pela Constituição Federal, determinar limites para o humor parece algo contraditório. Porém, é necessário deixar nítido que o direito de um cidadão é assegurado até o momento onde começa o do outro. Assim, propagar risos baseados em preconceitos é ir contra a lei. Além disso, há o reforço a ideais que deveriam ser combatidos, como o racismo que constantemente é presente em piadas. Diante disso, a sociedade segue com um pensamento ultrapassado quando se trata de achar graça. Infere-se, portanto, que a determinação dos limites do humor deve ser estabelecida. Cabe ao Poder Legislativo elaborar leis mais severas relacionadas à punição dos humoristas politicamente incorretos, fazendo com que eles provoquem o riso sem incentivar ataque as minorias. O Ministério da Educação unido ao da Cultura podem disponibilizar clássicos do humor de cunho moralizante, como Gil Vicente e Ariano Suassuna, incentivando a sociedade rir enquanto se conscientiza. Com medidas assim, os risos serão presentes, diferente das ofensas.