Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 02/02/2018

Ao longo da história da humanidade, a liberdade de expressão praticamente nunca foi considerada um direito fundamental do homem. Todavia, após a Revolução Francesa, período no qual os ideais de liberdade foram idealizados, a liberdade de expressão tornou-se inerente a todos os seres humanos. Por outro lado, quando o assunto é humor, estabelecer limites para ele seria uma afronta ao direito de liberdade? A arte do humor acompanha o homem ao longo de toda a história da humanidade. A capacidade de observar a realidade de forma crítica é um dos principais pilares da filosofia greco-romana. Dessa forma, o humor deve ser considerado de fundamental importância em uma sociedade, porém, é necessário estabelecer diferenças entre o humor e a ofensa. Contudo, está enraizado na cultura que o humor é sinônimo de piada, e que ele tem como principal objetivo divertir, contudo, o humor não está necessariamente relacionado com a capacidade de entreter, e sim de reflexão acerca de determinado assunto. No ano de 2015, o jornal francês "Charlie Hebdo" foi alvo de ataques terroristas por haver publicado imagens que foram consideradas ofensivas relacionadas à religião muçulmana.Nesse contexto, vale ressaltar que não há justificativa que torne a atitude terrorista como algo considerado justo ou necessário, mas o fato do jornal ter depreciado de forma tão perversa a religião de outras pessoas deve ser considerado um ato, no mínimo, desrespeitoso. Assim, apesar do direito à liberdade de expressão ser um direito fundamental, é imprescindível estabelecer limites para que não haja a sobreposição do direito de uns sobre o direito de outros. Assim, medidas são necessárias , portanto, para solucionarmos esse impasse. O Governo Federal deve promover um projeto político que vise criar um departamento para fiscalização do humor em todos os setores onde ele atua, seja no cinema, no teatro , na internet ou até mesmo na arte, da mesma forma como já acontece com a propaganda, para evitar que futuras problematizações ocorram e , também, acontecimentos extremos como é o caso do jornal Charlie Hebdo, além do mais, a fiscalização será feita por profissionais especializados em arte/publicidade para haver uma fiscalização criteriosa, mas também justa.