Na série de Tv “todo Mundo odeia o chris”, o comediante Chris Rock problematiza e transforma em humor fatos de sua infância sem denigrir a imagem alheia. Por outro lado, atualmente comediantes utilizam de falácias para enfatizar um humor barato que é caracterizado por chacotas e preconceitos que não apenas ofendem, mas também desvaloriza culturas e etnias. Nesse sentido, julga-se necessário contrapor limites entre o humor e a ofensa. Com o advento tecnológico, tornou-se muito fácil a divulgação de conteúdos que detenham alcance universal. As redes sociais são os maiores veículos com informações de tempo real e a popularidade dos memes, gifs e imagens utilizados principalmente para propagar humor, é algo usual na internet. Há um caso de uma página famosa intitulada “irmã Zuleide” que utilizava a imagem de uma professora do ensino infantil, que após a repercussão passou a ser motivo de chacota na vizinhança em que morava, o que causou uma série de transtornos psicológicos, até que a mesma decidiu procurar a justiça para a resolução do caso. Ademais, outro problema a ser enfrentado é o preconceito contido em piadas que transmitem ódio e geram violência à certas crenças ou costumes. O que é engraçado para alguns, para outros não passa de ofensas. Chris Rock narra fatos dos anos 80, e é possível perceber o quanto a sociedade ainda precisa problematizar algumas formas de fazer humor que são mantidas por gerações. Fica claro, portanto, a necessidade de conscientização humana. Cabe ao governo promover companhas através de publicidades na internet, cartazes nos transportes públicos e em escolas a fim de conscientizar a população sobre as consequências e limites do humor. Além disso, a criação de um departamento no governo que gere multas para conteúdo de cunho ofensivo na internet a partir de denúncias dos internautas, julgando um valor proporcional ao dano causado e será destinada ao transmissor das postagens. Dessa forma, alcançaremos uma sociedade que detém o conhecimento e sabe a diferencia o humor e da ofensa.