É notório que o cenário humorístico brasileiro passa por um período de opiniões conflituoso. De um ládo, há aqueles que acreditam na regulamentação do humor. Por outro lado, artistas que não aceitam imposição de limites para piadas, muitas vezes utilizam-se de esteriótipos de grupos sociais para desenvolvimento performístico diante do público. Contúdo, é inaceitável que o racismo e preconceito sejam utilizados para fazerem alguns rirem enquanto machuca a outros. A siciedade contemporânea herdou dos gregos não somente a democracia, mas também o teatro e humor. Nessa civilização clássica, apesar de o teatro servir para transmitir conhecimento, funcionava também como crítica de problemas enfrentados pela época. Dessa forma, o humor nasce cmo o objetivo de discutir problemáticas à medida que diverte. Assim sendo, a utilização desse deve ser feita para gerar questionamento, visando a mudança no comportamento errôneo do indivíduo no âmbito social e político. No período de ditadura militar no Brasil, a população teve sua liberdade de expressão censurada. Nesse contexto, é possível vincular a aversão à censura do brasileiro com respeito as regulamentações do repertório de comediantes. Entretanto, a autarquia, não é admissível em um país com os três poderes bem definidos. Diante disso, pode-se dizer que é preciso estabelecer os devidos limites entre humor e ofensa. O Governo Federal, com o Ministério da Cultura, deverá desenvolver simpósios e congressos dentro da temática, auxiliando na busca de um consenso entre humor e o politicamente correto. A mídia, quarto poder,poderá realizar campanhas que visem a auto-crítica do indivíduo com relação a sua maneira de fazer rir. A escola junto com a família promoverá eventos e projetos culturais e literários para que o jovem, desde já, crie consciência do poder de ferir que o humor possui.