A utilização do humor para como forma de divertir e entreter um público ou grupo é tão antigo quanto à ideia de sociedade. Contudo, ao longo do tempo a realização de piadas com sentido ofensivo se tornou constante para disfarçar a prática do preconceito, e tem sua continuidade devido à falta de conscientização social e políticas de intervenção. Em decorrência a baixa estrutura de intervenção no sistema de educação para a repreensão de piadas ofensivas, muitos jovens sofrem bullying que é, por muitas vezes, visto como brincadeira de criança. Igualmente, ocorre em redes sociais, que por possuir um ambiente mais propício ao humor, permite que muitas publicações preconceituosas contra diversos grupos de minoria continuem circulando, resultando na disseminação de ideologias racistas, homofobias, machistas e antirreligiosas. Vale citar também a realização de apresentações humorísticas, que em muitos casos, ofendem grupos específicos ou possuem em seu repertorio discriminações discretas, que dentro de uma sociedade sem estrutura educacional, podem agir de maneira similar a internet. Por outro lado, as políticas de fiscalização contra as formas de humor ofensivo são baixas, e mesmo com a denúncia direta dos praticantes, que em diversos casos não são humoristas, continuam impunes e exercem até mesmo cargos públicos. Logo, embora o humor seja fundamental para a sociedade, o uso dele para disfarçar ou disseminar ideologias preconceituosas deve ser combatido através de palestras escolares, discussões públicas e propagandas informativas, por intermédio do Ministério da Educação em pareceria com ONG's e mídias, a fim de desenvolver o pensamento crítico e ampliar o respeito ao próximo. Por fim, também é primordial o desenvolvimento de leis especificas, por meio do sistema legislativo, com a finalidade de punir de maneira adequada aos praticantes de piadas ofensivas e assim, permitir que o humor seja destinado a todos.