Recentemente, o humorista brasileiro Léo Lins foi proibido de apresentar seu show humorístico no Japão, pois havia feito uma piada sobre o tsunami que afetou o país em 2011. Segundo o consulado japonês, esta atitude do comediante foi uma falta de respeito com os sentimentos da nação japonesa. Com isso, vemos que há uma linha tênue entre os limite do humor e a ofensa, visto que, muitas piadas acabam disseminando o ódio e o preconceito com determinados grupos sociais. Contudo, nem todos os tipos de piadas são ofensivas. Charlie Chaplin, por exemplo, fez muito sucesso no século passado com seu humor mudo, atingindo a aprovação de grandes públicos sem dizer ao menos uma palavra. Porém, hoje em dia o mundo sofre com uma onda de humor chamada de “politicamente incorreto”, onde humoristas apresentam seus shows de stand up com o intuito de fazer qualquer tipo de piada, mesmo que sejam ofensivas, com a alegação de que “não existe limites para o humor”. Outrossim, vemos que muitos comediantes argumentam que estão apenas usufruindo de seus direitos de liberdade de expressão e que tudo é válido para fazer as pessoas rirem, colocando em prática a ideia maquiavélica de que “os fins justificam os meios”. Porém, este tipo de humor fere os direitos de igualdade e dignidade da pessoa humana, tendo em vista que incita a violência e dissemina o ódio entre diferentes partes da sociedade, como nos casos de bullying, sofrido por crianças e adolescentes, nas escolas públicas. Portanto, vemos que ações são necessárias para combater este tipo de problema. Os deputados e senadores, utilizando de seu poder legislativo, devem propor leis que penalize este tipo de humor, tendo em vista que, na maioria das vezes, promove o racismo, a homofobia e o preconceito social com classes menos favorecidas. Também, deve haver uma desaprovação conjunta do público para a este tipo de piadas para que assim, humoristas repensem suas formas de fazer humor e a nação brasileira avance de forma respeitosa e igualitária entre as diferentes partes da sociedade.