Título da redação:

Ofensa ao humor

Tema de redação: Os limites entre humor e ofensa

Redação enviada em 21/02/2018

Através dos amplos meios de comunicação e informação, o humor é comum ao ser apresentado em redes sociais, shows e no dia a dia. No entanto, há uma linha tênue entre a sátira e a ofensa, um questionamento recorrente é : quando um passa a ser o outro? Deve-se haver algum tipo de censura, ou mudança de ponto de vista? Tais interrogações são meios de abrir o diálogo sobre esses paradigmas. Trabalhando esse tema, devemos ter uma noção maior do que é humor e o que é ofensa. A sátira tem por função fazer uma pessoa rir, se divertir, criticar e é claro, satirizar, assim, mesmo se uma piada sobre negros for "preconceituosa", ela desperta o senso crítico de quem a ouve. A ofensa já é uma forma de agredir ou atingir o próximo, ou seja, se o humor propõe satirizar, ele não tem o propósito de ofender, falta somente o interlocutor entender esse aspecto. Além disso, a censura fere a conduta dos Direitos Humanos, ao romper a liberdade de expressão. Em um vídeo de 2017 sobre o tema restrição, Thiago Ventura, que é comediante, disse: "tanto a minha opinião quanto a sua devem estar em linha paralela. Quanto uma liberdade quebra ou bate de frente, aí está errado." Ou seja, as liberdades não podem se censurar, ou tirar o tirar o direito de expressão do outro, já que temos a opção de concordar ou discordar com a opinião. Desse modo, é passível de conclusão que a censura não é o caminho correto para a solução do problema. Deve-se entender que o humor não parte de um pressuposto de ofensa ou agressão verbal, mas sim de crítica e sátira, sendo assim, a barreira que protege o humor de se tornar ofensivo é a conscientização do propósito humorístico. Em cartazes de shows que possuem textos que as pessoas possam achar ofensivo, deveria, ser postos avisos a respeito dessas piadas. Porém, deve ser ressaltado que esse tipo de humor leva ao pensamento crítico, racionalização e diálogo a respeito de assuntos que são muitas vezes omitidos na sociedade por medo de repressão.