De acordo com a Constituição Federal, aprovada em 1988, é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença. Porém, mesmo os artistas podendo se expressar como querem, existe um limite para essa liberdade? No ano de 2015 a redação do jornal “Charlie Hebdo”, da França, sofreu um atentado terrorista como resposta as caricaturas do profeta Maomé que faziam em suas edições. Nada justifica um ataque terrorista mas olhando apenas pela perspectiva dos limites do humor, muitas pessoas acreditam que as caricaturas que faziam eram um desrespeito a fé alheia. Já outras não conseguem refletir que mesmo piadas inteligentes podem ter caráter ofensivo e continuam a propagar piadas do tipo. Cabe salientar que a legislação brasileira possibilita que uma pessoa que se sinta ofendida pode mover um processo contra o autor. Como Sartre, filósofo francês, afirmou que o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Sendo assim, devemos ver que mesmo que tenhamos liberdade de expressão garantida temos que ter consciência de que o que dizemos pode ferir o outro. É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante de sua forma de produzir humor, uma vez que possa ofender outro. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promove palestras a respeito da diversidade étnica, física, sexual e religiosa a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral, por conseguinte, conscientizem-se de que todos somos diferentes e isso não é motivo de piada.