O humor faz parte da história da humanidade em que é analisado, inclusive, como um mecanismo de defesa – uma válvula de escape – de uma rotina quase que impiedosa de sobrevivência naqueles tempos remotos. Hodiernamente, muitas polêmicas têm se construído em meio a humoristas de prestígio, muitos desses na TV e rádio brasileiros. Há quem prestigie seus trabalhos, mas há pessoas que os criticam fervorosamente, todavia, deve-se ter um ponto de equilíbrio para que não venham a ser alvos de sensura. Em primeiro lugar, é preciso analisar que quem faz a piada certamente não a faz com o intuito de ferir a dignidade de outra pessoa, prova disso é que muitos dos casos as ocorrências ocorreram em grandes emissoras, em tempo real. É inegável que a intenção sempre é entreter ,visto que muitos dos telespectadores entendem de certa forma e riem das piadas aprovando-as. Por outro lado, piadas esdrúxulas envolvendo cor de pele, genocídios, deficiências físicas e a questão de gênero devem ser analisadas e repensadas se é benéfico e saudável, principalmente ao público mais jovem que se encontram em pleno desenvolvimento sócio-cultural. Em segundo lugar, aquele que ri de uma piada suja, como as que envolvem os negros, pode estar sentado ao lado de uma pessoa com esse mesmo tom de pele. Nesse caso hipotético, é mister se inserir no contexto da vida desse indivíduo que é alvo da piada. Será que ele está confortável ou sua honra foi prejudicada ? É preciso sempre se colocar no lugar do próximo. Há uma infinidade de exemplos de humoristas que, julgando por este aspecto, passaram um pouco dos limites do humor (fato comprovado à luz da justiça brasileira). Analisando todos esses aspectos, é necessário, portanto, que o Poder Público, por intermédio do Ministério da Justiça e órgãos de regulação da mídia, una esforços a fim de que fiscalize e investigue efetivamente casos de abusos e, se preciso for, haja suspensão de programas de TV que permitem veiculação de conteúdos inadequados (que ferem os Direitos Humanos) . Somado a isso, as casas de shows de humor devem ser livres para a apresentação de piadas de qualquer teor, contanto que haja rigorosa classificação de idade na entrada, pois os humoristas são livres para expressar seus pensamentos desde que não veiculem na televisão e rádio, onde não é permitido o controle etário eficiente.