Recentemente, a renomada revista parisiense, Charlie Hebdo, sofreu um atentado truculento por parte de membros de grupos extremistas muçulmanos, a onda de violência que acometeu a França causou comoção em todo o mundo. A motivação do ataque teria sido uma publicação satírica acerca do ícone islâmico, Maomé. Tal acontecimento ascendeu na mídia global, culminando em divergências de opiniões, sobretudo colocando em pauta o debate: a liberdade de expressão é verdadeiramente um direito instransponível isento de qualquer alteração? Quais as delimitações do humor? Sabe-se que a Comissão de Direitos Humanos, bem como a maioria das constituições nacionais, garante a liberdade de expressão como sendo uma prerrogativa irrevogável a todos os indivíduos. Contudo, existem pessoas que usurpam de tal direito em diversos ambientes sociais e acabam ferindo a moralidade de certos grupos culturais e religiosos, os quais que por vezes revidam com o uso de violência. Dentre tantos ambientes sociais relevantes temos, o campo humorístico como uma notória ferramenta interativa. Este mecanismo do entretenimento proporciona a manifestação de opiniões polêmicas, como foi o caso da publicação da revista Charlie Hebdo, que atingiu os estatutos morais de alguns islâmicos, cujas as reinvindicações foram fluxos de terrorismo. Em virtude do que foi mencionado, pode-se afirmar que a liberdade de expressão é um direito inextinguível de todo ser humano, o qual prepondera o ramo humorístico. Porém este estatuto, se usado imprudentemente, pode atrair consequências catastróficas. Logo a comunidade que rege o humor, necessita de uma delimitação acerca das etnias, religiões e pessoas que serão abordadas através das sátiras.