A Inglaterra do século XVIII, não imaginava que a Revolução Industrial que ali começará, se transformaria no mundo globalizado atual, com grande avanço tecnológico, principalmente na área das telecomunicações desde a Segunda Guerra Mundial. Porém, apesar do grande progresso tecnológico no mundo, o Brasil ainda possui grande divergência na distribuição dessas tecnologias. Nesse contexto, não se deve negligenciar as regiões do Brasil com a maior população desconectada e a falta de conhecimento sobre as tecnologias da população já conectada. Em primeira análise, cabe relembrar o que o iluminista Rousseau idealizou em O Contrato Social, segundo ele, o Estado deve promover o acesso aos bens mantedores da igualdade social e dignidade. Porém, o Brasil ainda possui um elevado número de pessoas sem acesso à internet, seja através de computadores, tablets ou celulares, mesmo após a privatização do setor de telecomunicações, segundo uma pesquisa publicada no site do jornal O Globo, são 4,5 milhões de excluídos digitais, sendo maioria encontrada nas regiões Norte e Nordeste do país. Diante disso, a sede por lucro das empresas de telecomunicações no Brasil, torna-se um impedimento à inclusão digital, uma vez que, exclui os locais mais carentes e mais distantes do pólo comercial brasileiro do seu plano de expansão empresarial. Além disso, vale também ressaltar que em 2014 entrou em vigor o Marco Civil da Internet, uma lei que determina os direitos e deveres de todos os brasileiros conectados. Nessa perspectiva, muitas pessoas não possuem habilidades em relação as tecnologias, muitos compartilham notícias sem pesquisar sobre a veracidade da mesma, postam conteúdos que prejudicam terceiros, ou usam da rede para roubar informações e dados pessoais. Desse modo, nota-se um impedimento à inclusão digital, pois, não basta apenas o acesso à internet, é necessário também, saber como usar essa ferramenta da forma correta. Diante disso, urge, portanto, que o legislativo, crie leis destinadas às empresas de telecomunicações, que, por meio de regras de atuações, leve o acesso à internet a todos as regiões do país, a fim de promover o que Rousseau já havia idealizado. Outrossim, o Ministério da Educação, por meio de parcerias com o Ministério da Tecnologia e Comunicação, deve criar cartilhas, propagandas e manuais que ajudem a divulgar as informações acerca do uso correto das tecnologias, a fim de instruir a população. Sendo assim, a população brasileira será cada vez mais incluída à tecnologia, elevando os padrões do país.