Na República Romana, a criação de magistraturas – cargos políticos no Senado – ficaram restritos aos que possuíam boas terras e condições financeiras, como os patrícios. Em semelhança à inclusão digital no Brasil, a concentração de tecnologia em megalópoles e tecnopolos sobrepõem-se às zonas periféricas e mais distantes, contribuindo para a estratificação aristocrática e restringindo o acesso aos mais privilegiados. Apesar das constantes inovações digitais, estas não chegam aos que têm diminuto poder de compra. O filósofo Pierre Levy, adepto da inserção tecnológica, supracitava que a disponibilidade de computadores e do bom acesso à internet contribuíam com a construção informacional referente a educação. Entretanto, locais marginalizados – como as comunidades – vivenciam a ausência de infraestruturas que ofereçam a acessibilidade necessária para adquirir conhecimento, já que em escolas e ambientes de lazer tampouco há adereços tecnológicos acessíveis. Não obstante, zonas interioranas são sobrepostas em segundo plano. Com a intensa globalização, áreas urbanizadas serviram de referência para o investimento digital, incluindo a realização de melhorias em importantes vias públicas. Todavia, locais que não possuem semelhança ao nível de urbanização de tecnopolos e megalópoles ficam restritos ao acesso, minimamente, à internet de boa qualidade, perpetuando a exclusão. Dessa forma, é mister a resolução ao exposto. O Ministério da Integração Nacional deve aumentar o número em unidades de ensino tecnológico, como o Senac, em áreas marginalizadas e distantes da urbanização, oferecendo especializações e horários abrangentes para lazer e assim promovendo a inclusão. É imperativo também que empresas não-estatais ofereçam melhores serviços de internet, realizando manutenções periódicas e investimentos ''high-tech'', para integralizar a população. Destarte, os acometimentos em Roma ficarão apenas na historicidade.