Ao analisar o tema os impedimentos da inclusão digital na contemporaneidade, é possível estabelecer uma relação com a Revolução Industrial, fator histórico que intensificou a desigualdade social. Do mesmo modo, essa desigualdade ainda existe no Brasil e dificulta o processo de inclusão digital de muitos brasileiros, tornando-se um problema que precisa ser resolvido. Em primeiro lugar, percebe-se que a integração digital está relacionada com a inclusão social, tanto quanto a exclusão digital. Dessa forma, esse é um problema que se manifesta por meio da desigualdade social, em que as pessoas de classe mais baixa não conseguem se inserir no meio tecnológico, já que dados de 2003 revelam que dentre toda a população brasileira, apenas 8,31% tem acesso à internet dentro de casa. Logo, essa situação contradiz com a globalização, que deveria propor um mundo integrado tecnologicamente. Em segundo lugar, a falta de ingresso à tecnologia exclui as pessoas e tornam-nas marginalizadas. Some-se a isso, mesmo que haja tentativas de inserção, como com a realização de projetos e políticas públicas, ainda continua sendo um processo difícil, visto que não basta dar a um grupo de pessoas desfavorecidas alcance aos computadores e internet se não for dado autonomia para que possam saber utilizar esse meio com qualidade. Portanto, é possível observar que ainda há uma persistência desse revés na atualidade. Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse. Desse modo, já que para Imanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, faz-se necessário que o Ministério da Educação aplique nas escolas públicas uma rede de computadores com acesso à internet e com o acompanhamento de técnicos em informática, para que todos os alunos tenham apropriação à informação e, assim, possam ser incluídos digitalmente e socialmente. Além disso, a sociedade deve se manifestar, a fim de cobrar seus direitos sociais, ampliando a cidadania. Com isso, o Brasil será um país com menos desigualdades sociais.