A formação da opinião e consequentemente a cidadania perpassa primeiramente pelo acesso à informação. Atualmente, as redes sociais e a internet são a forma mais eficaz de se manter informado. Contudo, há no Brasil, impasses para a inclusão digital da maior parte da população. O mapa da exclusão social no Brasil mostra a má distribuição geográfica e histórica das novas tecnologias. Assim como foi na época da industrialização e da urbanização, o sudeste é a região que mais concentra os avanços tecno-científicos do país. Concomitantemente a isso, áreas urbanas detêm a maior parte dos inseridos tecnologicamente, em contrapartida, pessoas que vivem em áreas rurais ainda sofrem com um déficit tecnológico. Tal análise demonstra a necessidade de garantir a inclusão digital em regiões em que se tem precariedade para que, dessa forma, acabe com a exclusão social. Ademais, a inclusão digital também é sobre acessibilidade. Em 2014 foi sancionada a lei conhecida como Marco Civil da Internet que afirma que a internet é uma ferramenta essencial para a cidadania. Todavia, pessoas com idade avançada ou algum tipo de deficiência ─ física ou mental ─ ainda encontram impasses no uso dos meios eletrônicos. Sendo, portanto, indispensável intervenção para a garantia efetiva dos direitos e deveres do cidadão. É notório, então, que a desigualdade social e supressão da cidadania são problemas com interligação com a exclusão digita. Portanto, cabe ao poder executivo em união com Organizações não governamentais disponibilizarem instrutores capacitados, computadores, tablets e internet, por meio de mutirões em locais estratégicos do país ou até em lan houses gratuitas. Dessa forma, a cidadania e inclusão social poderão ser garantidas.