A inclusão digital ainda é um desafio não só no Brasil, como no mundo. Países desenvolvidos como os da Europa o índice de pessoas com acesso à internet é de 20% conquanto na África o índice é de 75%, de acordo com a pesquisa realizada pelo o Facebook em parceria com The Economist Inteligence Unit em 2016. De maneira análoga, o índice de desigualdade social no Brasil torna-se preocupante. Fatores como a valorização de grandes centros urbanos e a incompreensão do mundo digital pela população colaboram para a problemática. Dessa forma, faz-se necessário entender as causas desses impasses para dar início a uma solução. A princípio, o prestígio perante os grandes centros urbanos é um importante ponto do impasse. Com efeito, ainda que erradicar a marginalização seja um dos objetivos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, ainda não são visíveis grandes projetos governamentais a fim de atenuar a desigualdade digital. Corrobora para este fato a pesquisa realizada pelo IBGE em 2010, em que afirma que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tem os maiores percentuais de acesso aos computadores. Com isso, regiões mais pobres são afetadas por essa marginalização da informática, prejudicando-os em diversos fatores além da Internet, como na busca por empregos, por exemplo. Em consonância, a ignorância da população no que tange à informática contribui para a exclusão social. Ainda que o uso da Internet tenha sido regulamentado em 2014 com o Marco Civil em que define os direitos e deveres do internauta, boa parte da população não tem conhecimento desta. Sendo assim, de acordo com o pensamento do cientista Benjamin Franklin, o talento não é nada sem a educação, logo, é preciso que além de disponibilizar computadores e internet às regiões mais pobres, faz-se necessário a democratização da Rede de Computadores por meio da educação com o intuito de levar a inclusão social para toda a população, de todas as idades. Diante do ínterim, para que a erradicação da marginalização prevista na Constituição seja efetuada no âmbito digital, urge que o Governo Federal repasse maiores verbas advindos dos impostos para os Governos Estaduais de regiões mais pobres para que estes invistam em computadores e internet. Aliado a isso, aulas de informática com professores de TIs devem ser administradas não só em escolas, mas em centros educacionais gratuitamente para que toda a sociedade destas regiões desprivilegiadas venha ter acesso ao conhecimento da informática.