No filme "O Jogo da Imitação", é mostrado o desenvolvimento do primeiro computador, criado por Alan Turing, durante a Segunda Guerra Mundial. Fora das telas, nota-se substancial a democratização da tecnologia da informática e comunicação (TIC). Em desarmonia, o caráter de inclusão digital é obstruído, no Brasil, em dois aspectos: condição econômica e nível escolar. Indubitavelmente, na contemporaneidade globalizada, a inclusão digital é fator primordial. Nessa realidade, o Brasil apresenta caráter heterogêneo, onde contrasta-se o avanço técnico-científico-informacional na região Centro-Sul e a precariedade no Norte e Nordeste. Outrossim, a banda larga limitada, conciliada ao alto custo, denota o caráter segregacionista do mundo digitalizado. Em decorrência, programas públicos, como o Computador Para Todos, conferem apenas um instrumento para inserção digital, esquecendo a instrução básica. Desse modo, a sociedade adere uma nova cultura, mas obstrui parcela social, que representa 70 milhões de pessoas sem internet, segunda a empresa The Economista Intelligence Unit. Não obstante ao fator econômico, a instrução escolar é outro impasse. Nesse Âmbito, apesar do programa Um Computador Por Aluno distribuir significativamente máquinas portáteis nas escolas, a falta de auxiliares técnicos e a desmotivação de professores corroboram com a problemática. Em divergência, o analfabetismo funcional resulta na dificuldade de interação no mundo virtual, conferindo a exclusão digita e, consequentemente, social. Em virtude, a criação de telecentros, com aspectos comunitários, coopera para a acessibilidade de deficientes idosos e comunidade periféricas. Em contraponto, a urgência permanece, numa realidade em que o mercado de trabalho exigem além do conhecimento adquirido nos telecentros. Destarte, mostra-se necessária intervenção pública nos empecilhos supracitados. Assim, o Ministério da Comunicação, conciliado aos setores de indústria e comércio, deve prover manutenção e construção de telecentros, a fim de democratizar a informática, além da difusão de escolas digitais, assim como a qualificação dos profissionais na área, com o apoio do Ministério da Educação em colocar a aula de informática em consonância com a grade escolar já vigente. Por fim, cabe à mídia incentivar tais medidas, com o intuito de obstruir os interesses corporativistas e homogeneizar a acessibilidade digital.