A sociedade brasileira desde sua Época Colonial teve seu desenvolvimento pautado na exclusão, as áreas do país eram valorizadas à medida que forneciam riquezas para o comércio de exportação. Nesse contexto, o investimento socioeconômico concentrava-se nos grandes centros. Com o passar dos anos, nota-se a persistência da desigualdade histórica, sendo um de seus legados a dificuldade da inclusão digital atual, principalmente nos locais de má distribuição de renda, atrelado à situação há um isolamento regional e dificuldades adaptativas. É indubitável que a restrição tecnológica torna-se mais evidente nas áreas rurais, visto que,não raramente,existe um acesso precário à internet, este alimentado pelo descaso de grandes operadoras e pelo entrave no consumo de eletrônicos.Fica claro, como enfatizou Karl Marx, uma estreita relação burguesa com a tecnologia, sendo assim, o capitalismo influenciador de sua inserção, e no meio rural muitos habitantes são detentores de baixo capital econômico. Outrossim, convém ressaltar que, segundo Thorstein Veblen, a tecnologia determina hábitos e requer reajustamento institucional e cultural. Isso posto, há uma necessidade de conceder não apenas instrumentos de acessibilidade digital, como também fornecer instrução da funcionalidade. Entende-se,portanto, a urgência na atenuação a exclusão digital . Para isso, a Justiça Federal deve mobilizar recursos da Receita Federal e destinar para as instituições de ensino visando tanto a compra de aparelhos eletrônicos como o investimento em profissionais para ensinar seu uso, principalmente nas regiões isoladas dos centros. Ademais, utilizando de parte da verba deve diminuir impostos para empresas que levem conectividade às áreas restritas.