É necessário considerar que, infelizmente, a inclusão digital na contemporaneidade é algo pouco realizada no cenário brasileiro. Isso é preocupante, uma vez que a tecnologia se popularizou, tornando-se uma ferramenta indispensável para a vida, sendo possível realizar operações bancárias, pesquisas e até dialogar com pessoas distantes por meio dela. Desse modo, medidas com o objetivo de alterar essa realidade e tornar a modernização acessível ao maior número de usuários possíveis devem ser tomadas. Em primeiro lugar, é preciso destacar os principais obstáculos que dificultam a inserção das inovações digitais na sociedade do Brasil. Na maioria dos casos, a exclusão está ligada a aspectos socioeconômicos, como a falta de dinheiro para adquirir os aparelhos, que não são baratos, a ausência de luz elétrica, que impede o funcionamento deles, e a escassez de conhecimentos técnicos, que desfavorece o uso consciente. Além disso, a baixa escolaridade e a faixa etária também podem comprometer essa integração, uma vez que o número de analfabetos no país é alto e idosos veem a internet como algo dispensável e irrelevante, por ser um dispositivo moderno. Até mesmo a região sudeste, que tem o maior potencial de produção e consumo de tecnologia, apresenta uma alta taxa de excluídos, mostrando que essa inclusão ainda é um desfio. Deve-se ressaltar que o fenômeno da globalização, que interligou o mundo por meio dos progressos tecnológicos e de transporte, também gerou, infelizmente, desigualdades, já que nem todos os cidadãos tem acesso a esses avanços. Consequentemente, indivíduos não inseridos no meio digital tendem a ter dificuldades no mercado de trabalho qualificado, uma vez que, hoje, o mundo é global e dinâmico e, por isso, é imprescindível que o funcionário tenha noções básicas de tecnologia para realizar suas funções em uma empresa e a população deve estar cada vez mais apta a isso. Caso isso não ocorra, o indivíduo terá problemas e, em muitos casos, terá que recorrer a empregos informais, que não são regulamentados pelo sistema político. Observa-se, portanto, que esse grave quadro deve ser mudado. Cabe ao Governo Federal reduzir taxas de impostos em produtos tecnológicos a fim de promover um maior acesso aos meios digitais. Além do mais, as prefeituras devem oferecer cursos de aprendizagem técnica para que a população tenha mais conhecimento sobre esse ponto e tenha perspectivas de desenvolvimento pessoal e laboral. Ademais, as escolas devem propor aos alunos um uso consciente da internet e informar os benefícios da rede; esse processo é conhecido como o empoderamento digital. Dessa forma, a sociedade brasileira atingirá os impactos desejados e será mais justa.