A globalização é um fenômeno crescente, que tem como grande resultado a junção de todas as nações, para transmissão de dados e acontecimentos, em tempo real. No entanto, nem todas as partes das populações são diretamente impactadas, no Brasil, algumas nem mesmo obtêm o contato com tais tecnologias, o que gera a segregação digital, seja pela desinformação da sociedade sobre como utilizá-la, seja pelo baixo poder aquisitivo de uma comunidade que já é socialmente segregada. Sabe-se que não é viável apenas obter o aparelho tecnológico conectado à rede. Decorrente a isso, a exclusão tecnológica também se encontra na desinformação da população sobre como utilizar computadores e smartphones para se integrar, por meio das notícias e buscas na internet, gerando uma realidade paralela, principalmente aos jovens, que não obtêm fontes de pesquisas e aprendizados, o que acarreta uma segregação genética, uma vez que a falta desses ensinamentos serão disseminados. Fato que se comprova com uma pesquisa da FGV, que aponta como 8% o número de brasileiros que possuem total domínio sobre as tecnologias. Outrossim, os equipamentos digitais, como celulares e computadores e os pacotes de operadoras que os conectam à internet, não possuem preços coerentes com o poder aquisitivo de grande parte da sociedade brasileira, cujo país possui minorias na classe média e alta. Assim sendo, em 2005, 8,31% dos brasileiros possuíam acesso à rede em suas casas, evidenciando que a conexão, desde o início, se tornou uma espécie de luxo para as comunidades de baixa renda, acarretando o ciclo da exclusão digital. É evidente, portanto, que a maior dificuldade para se obter a interação digital é a estrutura da sociedade. Logo, é necessário que o Ministério da Educação, ofereça bolsas integrais, para estudantes de escola pública, em instituições de ensino tecnológico, por meio de cursos que durarão até o fim do ensino médio, que serão ministrados por estudantes da área da computação, contando com estágio e experiência para esse, implantando em curto prazo. Ademais, o Governo deve estabelecer parceria com empresas privadas de tecnologia, para que possa criar créditos especiais para cidadãos de baixa renda, sendo esse descontos que compensem o salário recebido por esse, para que possam contratar serviços e comprar aparelhos, por meio de cartões, estipulados como “bolsas”, implantando em curto prazo.