O quadro simbolista de Edvard Munch, "O grito", mostra a mistura de sensações, ansiedade e medo, do período entre guerras e que também ocorrem no primeiro com a tecnologia sem o devido preparo. Logo, é irrefutável que no mundo hodierno, com celulares e computadores na vida cotidiana, esse preparo seja essencial. No entanto, a desproporcional distribuição de investimentos entre os estados e o custo impedem essa inclusão digital. Em primeiro plano, a chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro em 1808 trouxe o desenvolvimento à região em função da má distribuição de investimentos. Nesse sentido, há uma marca indelével na história do país, pois, como foi no passado com D. Pedro I, é hoje na República, sendo que a redistribuição de impostos é majoritariamente destinada ao Sudeste e Sul. Assim, como efeito, os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste possuem na maior parte dos territórios correspondentes, 97% das pessoas sendo excluídas dessas tecnologias, como mostra o mapa do blog "A Militancia do Contra Ponto". Ademais, o custo da tecnologia é exacerbadamente distante da realidade das pessoas de baixa renda, moradores, principalmente, do Nordeste brasileiro. Em suma, por ser cenário de extremas secas e descasos de investimentos e infraestrutura oriundos do governo, a população dessa região destina as economias à sobrevivência. Consequentemente, isso pode ser analisado no livro do modernista Graciliano Ramos, "Vidas Secas", que denuncia as condições de vida do sertanejo nordestino, em que uma família busca a história toda apenas água, comida e um lugar para morar e constantemente fugindo da estiagem, impossibilitando a inserção e conhecimento sobre o meio digital. Ficam claros, portanto, os empecilhos a respeito da inclusão digital no solo nacional. Dessarte, a escola e o Ministério da Cultura e Educação devem se juntar. Dessa maneira, as instituições de ensino devem disponibilizar o acesso da sala de informática aos alunos, e as pesquisas pedidas pelos docentes devem ser realizadas nessa sala. Além disso, o MEC deve, organizar aula de informática gratuita à jovens e adultos que não têm muito contato com essa tecnologia, utilizando da salas das escolas e uma matéria criada para ser desenvolvida no ano letivo nas escolas públicas, a fim de que a gerações futuras e as atuais sejam inseridas no mundo digital.